quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Intensidade - Parte II


Afunda! E me escuta:

Movimenta os braços em busca de ar?!
Em busca de algum sentido bobo que o leve para cima?
Desejava de todo o coração que o coloquem em frente de seus prazeres e anseios mais íntimos?
Quer que escarrassem em sua boca?

Sabe muito bem que esses escarros seriam o fel de toda sua vida jogada ao desdém!

Tudo é rápido!

A velocidade vertiginosa determina o mergulho fracassado que é o hábito de viver em você.
Este vício. Este nojento e repugnante vício que eu tenho de você.

Este abismo que você se habituará a chamar pela alcunha de corpo. Este está podre e perdido.

Ambos formam este signo esquecido e irrelevante: você. Porém a isso você também se habituou a saber.

Penetro surdamente no reino das coisas fugidias. Encontro você. Tento ter calma, tento ser paciente. Você não permite. Você parece gostar. Estes novos ou velhos (?) hábitos que você carrega, põe em frente ao peito, na ponta da língua e diz orgulhoso: - Este sou eu. Sou assim! Me aceita...
Justificar
Ah!!!!! Eu sinto vontade de te estrangular apertar bem seu pescoço ver teus olhos saltando em minha boca ver a tua boca pedindo ar ver uma expressão, uma única expressão que revele sentimento nem que este seja o desespero talvez assim, nesse instante você aprecie a vida e eu finalmente estaria limpo... um sonho... uma piada sem graça e um tanto quanto perigosa que me habituei a gargalhar...




Hoje sou assim: doente de você!



Olho na tua cara porque é hábito olhar.
Odeio-te porque é hábito odiar.
Sinto que me perdi porque é habito perder com você.
Cansei de mim porque amei você!

4 comentários:

Anônimo disse...

"Escrever é por em ordem as nossas obsessões."

Será???

Anônimo disse...

Se o procuramos por nós mesmo, caímos na libertinagem. Resistamos, portanto, as paixões quando elas se aproximam, já que é mais fácil não as deixar entrar do que pô-las fora.
[Séneca]

Claudia R.S disse...

"...porque o amor e o ódio se irmanam na fogueira das paixões"

alicia disse...

Incrível como tal descrição é paralelo, ao que sentires(eu)