quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Tenho fúria e escrevo


Maldita vontade de representar
com palavras o que é
evidentemente
claro em meu coração.

Não é necessário nenhum tipo de justificativa.
A arte não se importa
definitivamente
não se importa
malabarismos retóricos são irrelevantes

Você não se importa! Quem se importa? Por que importar?
Importar... importe o desejo sujo e sagaz de invariavelmente gritar!
De sempre voltar
pedir e implorar
dê-me atenção!
não!
me dê atenção!

rasgue-se nos meus clichês
e novamente...

delicía-te
nela
na queridíssima e
não bem vinda
carência

pois é ela
quem
ainda te faz
poesia.
Não a minha!
Você!
Tenho fúria
e escrevo!

Um comentário:

Claudia R.S disse...

A fúria inspira sempre!
Sem ela não a vibração,não é?